segunda-feira, 19 de março de 2012

Religião e política?

"RIO - A eleição para a prefeitura do Rio este ano vai contar com um ingrediente raro na corrida pelo Executivo municipal: a ausência de um candidato evangélico entre os principais cabeças de chapa. (...) De olho neste eleitor, aqueles que já foram escolhidos por seus partidos para entrar na disputa montaram estratégias."
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Isso me faz lembrar um caso interessante, nas eleições para prefeito de São Paulo de 1985. Na ocasião, FHC estava à frente até o último dia nas pesquisas, até que, no debate, deu uma resposta não tão apropriada ao ser questionado sobre religião: "você prometeu não falar sobre isso!", disse o então candidato.

E, ainda mais recente, vale ressaltar a baixaria religiosa que foram as eleições presidenciais de 2010. Um fato interessante foi o candidato José Serra ter afirmado que estava em Juazeiro não para fazer campanha política, mas para pedir a bênção de Padre Ciço.

Religião e política são coisas distintas e que não devem ser misturadas. Governantes esquecem do laicismo do Estado, e pior é o povo, que elege uma bancada evangélica no Congresso. Tudo bem que vivemos numa democracia, mas confundem posicionamento político com posicionamento religioso. Boa parte prefere perseguir os gays que realmente fazer algo pelo povo.

Infelizmente vivemos num país onde uma pessoa é julgada por sua crença (ou descrença). Vale lembrar o caso do "jornalista" José Luiz Datena, no qual havia se referido a um criminoso - da maneira mais sensacionalista possível - como uma pessoa sem Deus no coração, que só uma pessoa que não acredita em Deus é capaz de certas atrocidade. Bem, esquece ele que os países com maior índice de ateísmo são os com menor criminalidade e desigualdade social.

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